quinta-feira, 20 de março de 2008

O tempo passa.


Os humanos correm. As pessoas esquecem. As pessoas me esquecem. Quando a gente se encontrar na rua e eu puxar um assunto, mesmo que não lembre do meu rosto ou nome, converse como se fôssemos irmãos, que não precisam de nomes para se chamarem.


Ria dos velhos tempos esquecidos, entristeça com a notícia de que um dos nossos se foi. Das puladas do muro. Da nossa banda preferida. Das tardes pensativas. Das manhãs silenciosas. Das cartas nunca mandadas. Da palavra não dita.


Há certos momentos que não é preciso dizer o quanto se ama alguém. Está tão implícito, tão à mostra, é tão intenso em tudo que foi vivido... mas como eu queria ter dito! E nos arrependiríamos... o assunto acabaria. Constrangimento. Você se perguntaria como ter tanta intimidade e não se lembrar de mim. Seria Renan, Vítor ou Felipe? Não importava...


A despedida foi com aquele "vamos-marcar-pra-se-ver-de-novo" " vou-te-ligar!". Onde nós dois saberíamos que não iriamos nos ver mais. Deixe me pensar que você, provavelmente, nem havia lembrado do meu nome. Mas não confirme. Nesse caso, a dúvida é uma confortante felicidade.


- Quem é aquele homem?


- Não sei, achei que o conhecia e puxei assunto...

- E você o conhecia?


- Acho que não...


9 comentários:

Eleanor disse...

o clichê é bão sim!
eu adoro...
e tu escreve bem...esuqueço oq eles são!
engraçado, isso é tão comum...a vida, as amizades e os amores.
qd vê, "eu te conheço?"
aiaiaiai
beijo!
adorei o texto.

DER KOSMONAUT disse...

"Há certos momentos que não é preciso dizer o quanto se ama alguém. Está tão implícito, tão à mostra, é tão intenso em tudo que foi vivido"... me lembra a música "sinal fechado" de paulinho da viola! acho que tu conhece, mas se algm quiser ler: http://letras.terra.com.br/chico-buarque/369176/

muito legal o texto, sinto muito essa frase que coloquei dele aí em cima :S

Bruna monteiro disse...

muito forte essa música, bem mais forte que meu mero texto. Bem mais impactante.
Esse Paulinho da viola...

Bruna Barros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruna Barros disse...

Às vezes a gente se sente assim meio efêmero mesmo.
Quando numa conversa com um amigo de infância lembramos de algo que para nós foi importante e ele já não se lembra mais, por exemplo.
Isso acontece às vezes.E mexe com a cabeça da gente.

P.S: um erro patético só percebido agora me fez apagar o comentário acima. algo totalmente perdoável.

xêro jornalista.

Anônimo disse...

eu nao kro que tudo vire lembrança do passado =~~

Bruna monteiro disse...

nem eu :~~~

Anônimo disse...

Essa Bruna Monteiro...
=D

Anônimo disse...

é preciso dizer que te amo?
Eu te amo (: