segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sinopse

Perdida no paraíso proibido do amor vivia só, o amor para ela era um segredo guardado. Nunca havia beijado, não de verdade, sem nenhum acordo comercial implícito, seu primeiro beijo foi um carrasco ladrão, perdeu-se a virgindade, o espírito e a salvação.
Por muito tempo tentou viver acompanhada, achava em Carolina sua fiel amiga, até que esta a traiu. E o rubro sangue teve que ser derramado, em pleno dia, ninguém se preocupou, pois, naqueles tempos, nem o governo tinha isso na lista de suas prioridades. Elisa era má, mas não perversa, não ela louca, mas a normalidade passava longe de sua personalidade, no nascer foi amada. No crescer, foi linda por muito tempo, e então morreu. E passou a viver vagando rancorosa com sigo e com Deus para sempre.
Talvez esse fosse seu erro, se esquecer de Elisa, viver só, tendo como objetivo de sua existência assassinar todos aqueles que não agradassem Fonseca. Seu amante abstrato, seu irmão magoado, sua sombra peregrina, seu maior amor-medo. Elisa lutou contra Fonseca, resistiu, mas era fraca, sempre foi, deixou... ele a tomou, escondeu-a dentro de uma casca, mudou sua alma e a fez esquecer de tudo o que tinha aprendido. Elisa ficou nua, e Fonseca a vestiu de trapos velhos e sujos, que a velha Elisa lavava toda manhã. Mas a tarde vinha e Fonseca a tomava e seguiam - se noites de sono e melancolia, em que o espírito da menina moia-se nos muros, nas cidades, nas tabernas...
todos se conformaram com a simplória e alva feição, os cabelos castanhos e os olhos sem expressão, que nada diziam e tudo falavam.

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